"A umbanda e o candomblé, embora [religiões] subnotificadas por órgãos oficiais, representam uma fatia enorme da população brasileira. São pessoas que enfrentam toda ordem de violência, de discriminação, de humilhação, de constrangimento em função da sua profissão de fé. Isso é algo que atesta que nós não temos uma democracia verdadeira no Brasil", afirma o advogado Hédio Silva Júnior, que atua como defensor de questões envolvendo intolerância religiosa, sobretudo envolvendo as religiões de matriz africana.
A intolerância religiosa é o termo usado para exemplificar a incapacidade de aceitar e respeitar a religião ou crença de outros indivíduos. Ela é configurada principalmente pela discriminação, violência física e ideológica, ou qualquer ato que fira a liberdade de culto.
De acordo com a declaração da Organização das Nações Unidas (ONU), esse tipo de intolerância caracteriza-se como “toda a distinção, exclusão, restrição ou preferência fundada na religião ou nas convicções e cujo fim ou efeito seja a abolição ou o fim do reconhecimento, o gozo e o exercício em igualdade dos direitos humanos e das liberdades fundamentais”.
A intolerância religiosa é fruto de um longo processo histórico de doutrinação. Mesmo com os avanços das políticas públicas e projetos para assegurar a liberdade de expressão e culto, o Brasil e demais países continuam protagonizando novos casos de discriminação.
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